PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER ENXERGAR!

Por Ludymilla Sá

O Atlético segue embalado, enquanto o maior rival Cruzeiro parece não ter superado a eliminação na Libertadores. Jogou o primeiro clássico da decisão do Campeonato Mineiro como na partida contra o Once Caldas, embora o técnico Cuca tenha buscado corrigir as falhas no decorrer da partida. Com Leandro Guerreiro e Fabrício, ele acertou a defesa. Mas o descontrole dos celestes fez cair por terra pelo menos o empate. Quase seis meses depois, Fabrício retornou ao time inexplicavelmente descontrolado. Prefiro não acreditar que ele teria entrado só para provocar o adversário como já comentam por aí. Seria muita falta de profissionalismo dele e do treinador (Revendo os lances do jogo nesta manhã de segunda-feira, o treinador cruzeirense chamara Fabrício aos 33 minutos da etapa complementar e pediu a ele calma).

Por outro lado, Cuca continua teimoso. Pirraçou com Roger, deixando-o no banco por causa da expulsão na última partida da Libertadores. Se o jogador mereceu ou não a punição é outra história. Apesar de achar que se era para puní-lo mesmo, Cuca nem deveria tê-lo relacionado. Imperdoável é ver Roger na reserva num jogo tão importante como o deste domingo. No fim, ele afirmou ter ficado satisfeito com o desempenho do time e culpou o árbitro Paulo César de Oliveira. Sim, PCO cometeu falhas. Mas para ambos os lados. Seria cômodo demais transferir responsabilidades. Sempre digo que o pior cego é aquele que não quer enxergar.


Por isso, méritos do Alvinegro de Dorival Júnior. A molecada atleticana tem mostrado personalidade. Foi inegavelmente superior, sobretudo no primeiro tempo, e venceu. O treinador admitiu surpresa com o desempenho dos garotos. Não só diante da Raposa. Os meninos da base têm se comportado como verdadeiros profissionais desde que foram convocados pelo técnico. "Até por que eu contava com quem saiu. No momento em que surgiram as oportunidades, eles mostraram que estavam preparados, o que normalmente não acontece por serem garotos novos. Acho que o determinante foi que, mesmo sem serem escalados, eles continuaram trabalhando", elogiou Dorival Júnior. Com razão, no entanto, Dorival disse que o Atlético apenas venceu um jogo, mas não ganhou a batalha. Afinal, o placar de 2 a 1 não é tão vantajoso. Basta ao Cruzeiro um simples triunfo no segundo jogo para ficar com a taça. Ao Galo, por outro lado, um empate basta. Mas Dorival assegura que na próxima batalha, o Alvinegro não jogará para segurar a vantagem. "Vamos voltar a nossa origem, àquilo que fizemos para estarmos na decisão", avisou.

Fonte:dzai